O sociólogo Jessé Souza entrevistou representantes da alta classe média, para escrever seu mais recente livro, “A Classe Média no Espelho”, em que traça um perfil do segmento da sociedade que, em grande parte, foi para as ruas protestar durante o governo Dilma Rousseff.
O pretexto era o combate à corrupção, mas se sabe hoje que era uma falácia. A classe média nunca esteve preocupada com a corrupção — se estivesse, estaria protestando pela punição a Fabrício Queiroz e Flávio Bolsonaro, flagrados em movimentação milionária atípica.
A mídia prende nossa atenção com a denúncias de corrupção e de qualquer mal uso do dinheiro público. Da prótese dentária ao debatível Fundo Eleitoral. Correto. Mas no contexto em impera a farra dos bancos e dos "investidores" do mercado financeiro em conluio com o Banco Central, investigar apenas a corrupção mais vulgar, serve apenas de distração. São centenas de bilhões por anos desviados para uma pequena parcela abastada da sociedade. Mais de meio trilhão de reais em alguns anos. Farra paga com a nossa aposentadoria, com menos direitos, com a venda de empresas estratégicas, com nossas riquezas naturais... tudo!
Não é culpa só do Bolsonaro ou dos 'golpistas', da direita, mas também dos ditos "governos de esquerda" que governaram o país desde a redemocratização, mas resolveram iludir e comprar o povo com consumo insustentável.
Enquanto os brasileiros não acordarem para isso, sempre seremos uma nação incapaz de alcançar um patamar elevado de desenvolvimento.
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